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A partir de Janeiro de 2019, deixamos de imprimir o jornal em papel, dando mais atenção à sua edição digital, agora diária.

Você pode ter acesso às edições impressas clicando na foto acima.

O leitor escreve

* Buracos estão sendo tapados

* Comunidade se movimenta

* Academia Taguatinguense de Letras

* Em Taguatinga, projeto Consultório na Rua leva saúde à população em situação de vulnerabilidade

30 01 2023 flagranteconsultórionasruasTaguatinga30/1/2023

Formado por um grupo multiprofissional, entre médicos, enfermeiros, psicólogos, técnicos de enfermagem e assistentes sociais, o projeto Consultório na Rua oferece serviços de saúde para pessoas em situação de vulnerabilidade em Taguatinga. “Tudo depende da história de vida do paciente, das frustrações e das relações que construiu”, explica a assistente social Ana Rosa Pessoa Peixoto, que trabalha no projeto desde o início, em 2012. “Teve um caso que a gente vinha todos os dias por dois anos e se apresentava como Saúde e ele nem nos respondia. Era um trabalho de formiguinha para conseguir acessar os pacientes”, recorda. “Quando prometemos levar um medicamento no dia, nós temos que atender, porque isso impacta a confiança que eles têm na gente”, justifica a enfermeira Lea Graziela. De acordo com pesquisa do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (Iped) publicada em 2022, a estimativa é de 2.938 pessoas em situação de rua. No mesmo ano, as cinco equipes do consultório itinerante ofertaram, em todo o Distrito Federal, 14.325 atendimentos individuais e 20.723 procedimentos, o que inclui aplicação de vacina, insulina, entrega de medicamentos, testes rápidos, entre outros. Em 2022, também foram registrados 1.043 atendimentos odontológicos. As equipes do consultório na rua também são fundamentais para as populações em invasões. A técnica em enfermagem Eldivone Sousa destaca que, atrás de dois tapumes, em uma região de Taguatinga, esconde-se uma família de 14 pessoas. A água esverdeada deixa clara a insalubridade do espaço. Em um dos paletes que a família usa como ponte, o patriarca da família, 57 anos, escorregou, machucando a perna e as costelas. “Sinto dor para respirar”, contou. A equipe aplicou analgésico, receitou medicamentos e o encaminhou para que fizesse a radiografia nas partes machucadas. “Pode ter trincado alguma coisa, e é importante checar”, afirma a técnica em enfermagem. Todos receberam um kit de higiene bucal. Os moradores também ganharam uma cesta básica que foi doada pela comunidade à Unidade Básica de Saúde nº 5, de Taguatinga, que é responsável pelo consultório na rua.
Texto: Francisco Welson Ximenes
Foto: Agência Brasília