12/9/2022

O empresário e pioneiro de Brasília, Monder Jarjour, presidente da Jarjour Empreendimentos, morreu, na noite do último domingo (11/9), aos 78 anos, vítima de complicações gerais de saúde. Nascido em Al-Hafar, na Síria, Monder Jarjour veio ainda criança para o Brasil com a família. Morou de 1953 até 1958 em Belo Horizonte, de onde se mudou com os pais e os dois irmãos para Brasília. Comerciante nata, a família instalou na então Cidade Livre (Núcleo Bandeirante, hoje) o bar-restaurante Rex, que servia os operários da construção da nova capital. Dos primórdios de Brasília, Monder sempre relembrava, com saudade e carinho, as tantas vezes, entre 1958 e 1960, que fez de bicicleta o trajeto Cidade Livre – Plano Piloto, para ver de perto o profundo buraco que havia sido escavado para construção da Rodoviária e do Buraco do Tatu. Em 1960, os Jarjour entraram para o ramo de café e, em 1962, criaram o Café Arábia, que por mais de duas décadas liderou o mercado. Monder conciliava o trabalho na empresa da família com os estudos. Formou-se em Administração e Contabilidade, na AEUDF. Pouco depois, passou a atuar em entidades de classe locais. Foi representante do Distrito Federal na Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC) e ajudou a criar o “Selo de Pureza ABIC”, que ainda hoje é estampado nos rótulos de cafés aprovados pela entidade. Monder Jarjour também participou da Associação Comercial e Industrial de Taguatinga (ACIT) e atuou com dedicação na Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF), entidade em que exerceu por quase três décadas o posto de conselheiro. Foi ainda um dos fundadores em 1967 da Federação de Entidades Americano-Árabes (FEARAB). Até o fim da vida, esteve à frente, na função de presidente, da Jarjour Empreendimentos, empresa que fundou. Monder Jarjour era irmão do também empresário Abdala Jarjour, falecido em dezembro de 2020 por complicações decorrentes da Covid-19. O velório acontece hoje na Igreja Ortodoxa São Jorge de Brasília, no Lago Sul. A cerimônia ocorre das 12h às 16h, e o sepultamento, no cemitério Campo da Esperança, às 17h.
Texto: Francisco Welson Ximenes
Foto: Internet