* Hospital de Taguatinga é uma das três unidades de saúde que oferece tratamento oncológico no DF

05 02 2023 flagrantetratamentoTaguatinga

5/2/2023
Ontem (4/2), foi celebrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer, iniciativa da União Internacional para o Controle do Câncer (UICC). A data serve para chamar atenção sobre a doença que, segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), deve ter 704 mil novos casos por ano no Brasil entre 2023 e 2025. Só no Distrito Federal, a pesquisa prevê 6.420 novos casos. Para enfrentar a doença no DF, a Secretaria de Saúde (SES) informa o investimento em políticas públicas de prevenção primária e secundária – com promoção de saúde e exames de rastreamento – e terciária – com enfoque na detecção precoce, além da oferta de tratamento oncológico em unidades de alta complexidade: Hospital Regional de Taguatinga (HRT), Hospital de Base e Hospital Universitário de Brasília (HUB). “O mais importante dentro do escopo da SES é o enfoque que se destina à promoção de saúde”, afirma o chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer (Asccan), Gustavo Ribas. “São políticas públicas no sentido de disseminar a qualidade de vida e mitigar a vulnerabilidade do cidadão, com medidas educacionais, campanhas, exames de rastreamento em quadros sem sintomas e de detecção de alguma lesão, além da atuação após o diagnóstico.” Um estudo intitulado "Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil" revela os tipos de câncer com maior ocorrência, com o de mama e de próstata em primeiro lugar para mulheres e homens, respectivamente, e câncer de intestino na segunda posição. Terceiro tumor mais comum hoje no Brasil e, segundo o Inca, com estimativa de mais de 45 mil novos casos, o câncer de cólon e reto ou câncer colorretal, como também é chamado, ainda é uma doença pouco conhecida pela população em geral, por se tratar de um tumor silencioso. A porta de entrada é a Unidade Básica de Saúde (UBS) com o médico de família; ele é o nosso link”, explica a proctologista da SES, Nadja Nóbrega de Queiroz. “Se aparecer um pólipo, vai ser feita a retirada e o acompanhamento médico continuará sendo na atenção primária. Se vier diagnóstico, vai ser regulado numa consulta com a proctologia.” Os casos diagnosticados de câncer são encaminhados para os hospitais de Taguatinga, de Base ou Universitário, onde o tratamento pode ser cirúrgico e às vezes acompanhado de radioterapia ou quimioterapia, a depender do tumor. Um câncer de intestino identificado no estágio inicial tem mais de 95% de chances de cura. No estágio mais avançado, a sobrevida gira em torno de 60% em cinco anos. Entre 2019 e 2020, segundo o Atlas de Mortalidade do Câncer do Inca, o DF teve 583 óbitos por câncer de intestino.
Texto: Francisco Welson Ximenes
Foto: Agência Saúde