* Bebês prematuros recebem atenção oftalmológica específica no Hospital Regional de Taguatinga

01 12 2022 flagrantebebêolhohrtTaguatinga1º/12/2022

Por mês, o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) realiza 60 exames, tanto nascidos na sua própria maternidade quanto encaminhados por outras unidades, para detecção de retinopatia da prematuridade. “É uma doença específica do prematuro”, explica o médico oftalmologista José Alberto de Aguiar Júnior. Com um oftalmoscópio, o servidor avalia a retina dos bebês em busca de sinais da doença. Praticamente a metade dos prematuros pode desenvolver o início do quadro, mas, na maioria dos casos, nem é preciso fazer tratamento. O Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) e o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) também fazem o exame nos bebês prematuros. Em caso de agravamento, as três unidades oferecem o tratamento. “Se você fizer o tratamento no tempo certo, a criança não terá problema na visão. O segredo é a prevenção”, acrescenta o oftalmologista. O Novembro Roxo, campanha destinada à conscientização sobre as causas e consequências do parto prematuro, com menos de 37 semanas de gestação, também destaca os cuidados necessários com bebês, mesmo após a alta hospitalar. “Para mim, tudo é muito novo. Os cuidados são maiores com um prematuro”, conta Joelma Silva, mãe de Júlia Vitória, que nasceu com 30 semanas e também fez o mapeamento de retina no HRT. A Secretaria de Saúde alerta que é importante não confundir o exame de detecção da retinopatia da prematuridade com o teste do reflexo vermelho, popularmente chamado de teste do olhinho. Como o nome sugere, o primeiro procedimento é indicado apenas para as crianças que nasceram com menos de 37 semanas. Já o teste do olhinho é feito em todas as crianças, logo após o parto. Desde 2008, a Lei Distrital 4.189 garante a realização do teste do olhinho para todas as crianças nascidas no Distrito Federal. O exame ajuda a identificar o risco de desenvolvimento de doenças como catarata congênita, além de hemorragias e o tumor retinoblastoma. Em todos esses casos, a rede pública do Distrito Federal também oferece o tratamento.
Texto: Francisco Welson Ximenes
Foto: Agência Saúde