Levantamento do IPEDF mostra que 307 pessoas vivem nas ruas de Taguatinga

01 05 2025 flagrantemoradoresderuaTaguatinga1º/5/2025

De acordo com o 2º Censo Distrital da População em Situação de Rua, conduzido pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), 3.521 pessoas foram identificadas nesta condição – um aumento de 19,8% em relação ao levantamento anterior, realizado em 2022, quando foram registradas 2.938 pessoas. O censo mostra um quadro mais complexo e diverso: embora 81,8% sejam homens, há mulheres (16,3%), pessoas intersexo (0,2%) e uma maioria esmagadora de pessoas negras – 80,7%, somando-se os que se declaram pretos (24,4%) e pardos (56,3%). Apesar do crescimento geral, o número de crianças em situação de rua caiu 52,6% desde 2022, passando de 255 para 121. Ainda assim, 71,9% delas estão na faixa de até 11 anos. Há predominância de meninas entre os menores de idade, especialmente nas faixas mais jovens (até 11 anos). A maioria das crianças (72,5%) está nas ruas por acompanhar familiares ou amigos, e apenas uma minoria relatou causas como expulsão de casa ou perda da moradia (ambos com 3,9%). Dos identificados, 76,1% estavam literalmente nas ruas – calçadas, marquises, praças, canteiros centrais e estacionamentos — um aumento expressivo comparado a 2022, quando representavam 65,2% do total. Cerca de 19,3% foram abordados enquanto estavam em serviços de acolhimento e 4,4%, em comunidades terapêuticas. O levantamento detalhou também a distribuição territorial. O Plano Piloto continua liderando o número absoluto: 897 pessoas (25,4%). Mas o maior salto foi em Ceilândia, que passou de 370 pessoas em 2022 para 719 em 2025 – um aumento de 94,3%. Taguatinga e São Sebastião, por outro lado, registraram quedas de 12,5% (saindo de 351 pessoas em situação de rua para 307) e 33,7% (uma redução de 385 para 255), respectivamente.

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